Santo Antônio da Platina : Jacarezinho: Emater orienta produção de poncã com certificação fitossanitária de origem |
A cultura da Poncã foi implantada na agricultura de Jacarezinho há duas décadas como mais uma alternativa de diversificação para a pequena propriedade rural. Hoje, a atividade é responsável pelo aumento na geração de renda, melhoria da qualidade de vida e contribui para uma alimentação mais saudável para a família do agricultor familiar. Rosana Rosa Pereira Silva, esposa de Genésio Mendes da Silva, mãe de dois filhos, produtora e moradora da comunidade rural Ouro Verde, relata que trabalhava apenas com a sericicultura e que a atividade era muito cansativa e além disso rendia pouco. Com o plantio da poncã, o casal passou a ter uma fonte de renda melhor, trabalhando bem menos.
Ela comenta, também, que para vender fora do Paraná houve a necessidade da certificação de sua lavoura e, com isso, o preço subiu. A safra é vendida fechada. Ou seja, os compradores colhem e adquirem toda a produção. Neste caso, o preço está em torno de R$ 10,0 a caixa de 22 quilos.
Outro produtor entrevistado, foi Cândido Dias Leme, casado com Maria de Lourdes, e residente também na comunidade Ouro Verde desde criança. Ele já planta 3 hectares com a fruta, são 1 mil pés cultivados, e este ano pretende ampliar em 20 por cento a área. Com uma produção de mais de 2 mil caixas por ano, o produtor foi em busca de novos mercados. Atualmente, vende no comércio local e para os programas de aquisição de alimentos PAA e PNAE. Para a comercialização fora do Estado, precisou de certificação. A Certificação Fitossanitária de Origem (CFO) possibilita o monitoramento de produtos vegetais em trânsito, diminuindo os riscos de introdução de pragas em locais onde estas ainda não se manifestaram. Esta certificação fitossanitária das lavouras é feita pelo extensionista da Emater Rômulo Madureira Faria, que faz o acompanhamento e a orientação técnica buscando garantir a diminuição de custos de produção, aumento da produtividade e da produção dos pomares e a obtenção de um alimento mais saudável e livre de pragas condenadas por organismos internacionais. Rômulo comenta que em poder desse novo instrumento, o produtor amplia seu espectro de comercialização e atende os padrões internacionais de proteção fitossanitária. O produtor Cândido lembra: “foram anos e anos de luta junto com o técnico da Emater, em parceria com a Prefeitura de Jacarezinho e a Secretaria Estadual da Agricultura, para adquirir o CFO”. A produtividade média da cultura em 2011 ficou em torno de 1 mil caixas vendidas a R$ 8,00 a caixa. Esse ano, a família espera um preço melhor, em média R$ 15,00 por caixa. Com a renda, ele comprou um trator, investiu na lavoura comprando mais adubos, e aumentou a área plantada. A colheita começou em abril e deve terminar em junho. “No bairro, 16 famílias se dedicam à citricultura, com foco principal no mercado local, nos programas oficiais de comercialização e agora com a conquista da CFO podem até ampliar seus horizontes de comercialização” finaliza Rômulo. Contribuição: Extensionistas Municipais: Rômulo Madureira Faria/Emater/Jacarezinho e Mara E. de Castro Pangone/Emater/ Ibaiti FONTE: www.emater.pr.gov.br
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