Quatiguá - Leite


Em uma área de aproximadamente três alqueires, bons resultados foram alcançados como: o aumento de produtividade, melhoria da qualidade de vida e aumento de renda da família do agricultor familiar, através da adoção de tecnologias repassadas pelo Instituto Emater na atividade leiteira. O produtor rural Deoclides Bonardi e sua esposa, Edna Pereira Bonardi, moram há cinqüenta e cinco anos em uma propriedade de aproximadamente três alqueires, junto com sua filha Patrícia e seu genro Leandro. O sítio 2 Irmãos foi herdado de seus pais, fica no Bairro Ribeirão Bonito, no município de Quatiguá, tendo como única exploração agropecuária a bovinocultura leiteira.



A família do Deoclides está há vinte e dois anos trabalhando com a produção de leite, mas há sete anos ingressou no projeto de melhoria da atividade com orientações técnicas do Instituto Emater. Atualmente é uma das propriedades que serve como modelo de referência no município e região.

O Sítio 2 Irmãos possui dois alqueires plantados com capim elefante (Cameroon) e meio alqueire com pasto. Antigamente, plantava napier e só cortava. A partir do acompanhamento e da orientação técnica, do técnico Edson de Oliveira, do Instituto Emater, o produtor passou a fazer a silagem e tratar os animais no cocho. Durante o ano, comenta Deoclides, “conseguimos fazer de três a cinco cortes e produzir, em média, 270 toneladas/ha/ano de silagem”. Com esta silagem, o produtor relata que tem menor custo que a silagem de milho e com um rendimento de volume maior. Os animais são tratados basicamente com alimentação no cocho através de silagem de capim elefante e ração.

O rebanho leiteiro total é composto por cinqüenta e duas cabeças, das raças jersolando e holandesa. Sendo que deste total, trinta e seis cabeças estão em lactação. No início da exploração da atividade, o produtor Deoclides tinha um rebanho com trinta vacas mestiças com produção diária de 100 litros. Com a aquisição de animais de boa genética através do Proanf e uso de silagem, ele passou a ter uma produção de 770 litros/dia e com expectativa de chegar a 1000 l/dia até julho deste ano.

A produtora Edna comenta que a vida da família melhorou muito depois que investiram na atividade. “Hoje as vacas de raça produzem mais, numa área menor e com menor custo com o uso da silagem”. 

O técnico Edson de Oliveira, do Instituto Emater, acompanha a propriedade desde 2005. Ele comenta que a evolução da atividade aconteceu devido a adoção pelo produtor de tecnologias como a melhoria genética do rebanho, manejo sanitário, capacitação técnica e melhor alimentação dos animais com uso de silagem e ração.

A produção de leite é comercializada no Laticínio de Tomazina, hoje vendido a R$ 0,85/l. Preço bom, segundo o produtor. Ele comenta que técnicos da Capal também acompanham a propriedade e que está sendo feito um trabalho para se organizar uma associação de produtores para incentivar a qualidade do produto e a sua comercialização. 

Através da atividade leiteira, o produtor vem investindo cada vez mais na propriedade, com a compra de equipamentos de ordenha, ensiladeira, resfriador de 1000 l/dia, um trator e um veículo utilitário, além de animais. 

Além disso, a família foi beneficiada com uma casa do Programa Morar Bem Paraná, Programa do Governo, em parceria com a Cohapar, Prefeitura Municipal e Emater. Também farão a proteção de uma mina, projeto de parceira com a empresa Ducke e Emater.

O extensionista municipal, técnico agrícola, Edson, comenta que foi um conjunto de tecnologias adotadas que fizeram com que o produtor tivesse aumento de produtividade, aumento de renda e uma melhoria na qualidade de vida. 

(Contribuição: extensionistas Edson de Oliveira, de Quatiguá, e Mara Emilia de Castro Pangone, de Ibaiti)
FONTE: www.emater.pr.gov.br